O vinho, como a maioria já sabe, é produzido a partir de um processo de fermentação de uvas viníferas (as uvas de mesa que a gente conhece não são as mesmas). Fácil, não?

A partir daí muitos fatores influenciam no resultado dessa bebida milenar: a variedade da uva, o clima, o processo de produção, tempo de envelhecimento, a geografia, e muitos outros. Mas todos estes detalhes podem ficam para outro momento. Vamos antes tentar engajar você no mundo dos vinhos. Pois bem, quando você experimenta algum vinho, N fatores podem fazer com que você goste ou não da experiência. 

Já ouvi muita gente dizendo que não gosta de vinho. Nem todo vinho vai te agradar logo de cara e isso não significa necessariamente que o vinho é ruim ou que você não entende nada do assunto. Significa, a priori, que este vinho ou estilo não agradou ao seu paladar. Neste caso, pode descer o próprio Baco (deus romano do vinho) e te dizer que aquele vinho é o melhor do universo, que se não der match com o seu paladar, de nada vai adiantar. (peço desculpas aos especialistas, mas é verdade).

O primeiro passo é entender tentar simplificar, ao menos no início e entender as características que te agradam. Talvez começar por vinhos mais leves? Menos ácidos e mais adocicados? Para isso vale a pena focar nestes 5 pilares dos vinhos:

  • taninos
  • acidez
  • doçura
  • álcool
  • corpo

Conhecendo melhor estar características, você também começará a entender melhor seu paladar. Por exemplo, para quem está começando, uma boa opção é experimentar vinhos mais leves. 

Aqueles vinhos que você pode tomar sem se preocupar muito, os que você inclusive tomaria em um happy hour ou numa reunião de amigos. Nestes casos, você vai buscar vinhos com níveis mais baixos de taninos e também menor teor alcoólico, possivelmente mais ácidos.

Tá, mas o que são os tais taninos?

Vamos de teste prático: Imagine-se fazendo uma infusão de chá preto, sem adoçá-lo. Depois de 3 minutos de infusão você dá o primeiro gole.

Agora espere mais 5 minutos e experimente-o outra vez, ainda sem açúcar. Quão agradável ao seu paladar foi a primeira tentativa? E a segunda? Os taninos são responsáveis por esta sensação meio áspera, adstringente e amarga que o chá deixa na boca (quanto mais tempo em infusão, mais presente será). Ou seja, você provavelmente acabou de entender o nível de taninos seu paladar se sente mais confortável.

Na prática, quando pensamos em tintos, um Cabernet Sauvignon terá muito mais essa sensação mais adstringente na boca, como o chá preto, que um Pinot Noir. Como eu sei disso? Isso faz parte do perfil da uva. Então, se você procura um vinho mais fácil de tomar (que é relativo), um vinho leve, o Merlot seria o mais indicado.

No geral, os taninos influenciam bastante, mas as outras características são importantes também. Por isso, seguiremos revisando essas características e falando sobre o perfil de outras variedades de uvas. Neste primeiro momento tente fazer a reflexão dos níveis de cada um dos pilares que te agradam mais.

Você pode comparar ao que já conhece. Uma limonada, por exemplo, quão adocicada você prefere? Ou você faz mais o estilo bem azedinha? Com esse exemplo você pode identificar o nível de acidez que mais te agrada e assim por diante.

Lembre-se sempre de anotar o estilo do vinho que te agradou e também os que não agradaram. Muitas vezes é puro costume, outras é por preferencia mesmo. Por isso é bom ter em conta as variedades de uvas, regiões, estilos e então escolher conforme sua preferência.

Ah, claro! Se você for viajar para alguma região produtora de vinhos, vale a pena investigar quais são as variedades cultivadas na região. Conhecer o perfil da uva pode ser util em uma degustação ou até mesmo para experimentar um sabor local durante um jantar.

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