Estes vinhos são produzidos a partir de uvas tintas, mas tanto a cor quanto a quantidade de taninos (sabor mais adstringente), tem a influência direta da casca das uvas. No geral, o processo é assim:

➡️  É extraído o suco das uvas
➡️  A fermentação é feita com o suco e com as cascas.
➡️  Essa fermentação com as cascas é que vai contribuir para essa gosto mais forte do taninos e também para a coloração do vinho.
➡️  Depois da fermentação o vinho é extraído e passa para o período de envelhecimento em barricas e depois nas próprias garrafas

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Tintos e o Corpo de cada vinho

É interessante entender sobre o corpo de cada vinho. Essa informação vai te dizer de antemão se o vinho é adequado para o seu paladar ou mesmo para a ocasião.

Hoje em dia existe muita informação disponível, por exemplo, todas as características e o perfil de cada uva, você pode encontrar facilmente em aplicativos como o Vivino. O importante é que você entenda o que mais te agrada e qual é a ocasião.

Leves (light-bodied)

São vinhos que harmonizam com uma variedade grande de pratos. Tem baixa concentração de taninos e por isso, eu diria que são quase que coringas se você busca por uma bebida só para confraternizar com seus amigos, sem muitas preocupações. Para quem não gosta de tinto por causa do gostinho adstringente de madeira, essa é uma boa opção. São vinhos mais suaves. Para mim, uma ótima opção para um happy hour, por exemplo.

Uma opção bastante comum é a Pinot Noir, que tem origem na França, mas é cultivada no mundo todo. Argentina, Chile e Uruguai são países onde você pode encontrar essa variedade na América do Sul. 

Médios (medium-bodied)

Estes sim são vinhos para harmonizar com algum prato. Eles já tem um sabor um pouco mais potente, são mais tanino e também, se nota mais o sabor de frutas vermelhas. No Chile, você vai encontrar a Carménère, principalmente na região de Colchagua. Esse vinho você pode harmonizar com assados, inclusive frango.

Outra variedade famosa e bastante conhecida é a Merlot, em que o maior produtor é a França.

Encorpados (full-bodied)

Potentes, de cor mais forte, mais complexos, merecem uma boa harmonização (e para o meu paladar, são os mais difíceis de entender). Na América do Sul a estrela dessa categoria é sem dúvidas o Malbec, a emblemática uva argentina.

Na Espanha, a região da Rioja é conhecida pelos melhores tintos, e majoritariamente, por lá se produz as Tempranillos. Particularmente, eu gosto muito desta uva, mas dos jovens (crianza), que ainda não são tão complexos. Costumo dizer que não amadureci meu paladar o suficiente para conseguir entender vinhos mais complexos, como um Reserva.

Dito isso, posso afirmar que vinhos com menos tempo de envelhecimento, mesmo sendo produzidos de uvas mais potentes, podem te surpreender.

Veja mais sobre vinhos e destinos neste post – Vinhos e enoturismo