Conhecer Machu Picchu, com toda a certeza, está no top 10 da lista de desejos de qualquer mochileiro e claro, estava na nossa. Quando começamos a pensar nas nossas férias não sabíamos de mais nada, só que nossa meta seria a Cidade Sagrada dos Incas.
Com o início das pesquisas a primeira decisão foi tomada: chegaríamos à em Machu Picchu a pé, fazendo o Caminho Inca. Foi a decisão mais acertada e em torno dela o restante do roteiro foi sendo construído. O relato sobre a trilha de 3 dias e as dificuldades (principalmente pela altitude) você pode acessar aqui:
Depois de 3 dias de caminhada e uma corridinha na reta final para tentar ter a melhor vista, chegamos à Machu Picchu. Que o lugar é totalmente majestoso e espetacular, isso é fato, mas acredito que por ter feito a trilha e ter acompanhando ao longo dela toda a engenhosidade dos Incas, Machu Picchu não me deixou tão boquiaberta quanto esperava. A questão é, passamos 3 dias ouvindo e vivenciando a história dos Incas, vendo paredões milenares com o encaixe perfeito das pedras, feitos pelo homem, contornando a montanha só para não agredi-la, vendo um caminho inteiro ser “calçado” sem entender como aquilo seria possível somente com a força do homem.
Essa nossa viagem durante a trilha e imersão nesse mundo tão especial fizeram com que Machu Picchu já não fosse um surpresa. Afinal de contas, conta toda a grandiosidade e engenharia que vimos durante a trilha é claro que o “fim do arco-íris” não poderia deixar de ser nada mais nada menos que Machu Picchu. Acredito que a mesma sensação que eu tinha ao ver aquelas escadarias perfeitamente construídas ao longo da trilha é a de quem chega direto na Cidade Sagrada. Os Incas foram surpreendentes!
Alguns lugares nos chamaram atenção:
Casa do Guardião: Era onde os guardiões da cidade ficavam de prontidão (A vista de lá é demais).
Templo do Condor: Segundo a Trilogia Inca (Condor, Puma e Serpente) o Condor era o mensageiro entre a Terra e o Céu, nosso plano e o plano dos deuses, além disso ele conduziria o espírito dos mortos ao plano superior. Neste templo o que mais impressiona é essa formação em formato triangular no chão que representa essa ave de assas abertas.
Templo do Sol: Um dos mais importantes, pois era um observatório astronômico dos Incas. Além disso, já começa a ter um design diferenciado, em formato de D. Logo abaixo dela está a tumba real, onde múmias foram encontradas.
Espelhos d’agua: Eles usavam esses espelhos d’agua para observar e estudar as estrelas.
Intihuatana: A história que se conta é que esse mecanismo é uma especie de relógio do sol e também para prever o inicio dos solstícios.
Fontes Sagradas: Exemplo perfeito da engenhosidade dos Incas, em que a água de uma nascente é transportada por um canal de 800m à 16 fontes, alimentando a cidade.
O complexo de Machu Picchu é gigante e pode ser muito bem aproveitado se você ficar atento, esses são apenas alguns pontos que destacamos mas tem muito mais. Tem o setor agrícola, tem a pedra sagrada, tem a casa das virgens, a praça principal que é demais, enfim aproveite para conhecer cada pedacinho e sua história. Nós, tivemos o prazer de poder passear por lá 2 dias, um dia por ser o ponto final do Caminho Inca e o outro porque subiríamos a Wayana Picchu, mas mesmo assim ainda sinto que não conhecemos todo o mistério do lugar.
Por fim, não deixe de carimbar o seu passaporte! Próximo à entrada fica disponível uma mesinha com o carimbo. É só chegar e guardar o registro que você passou por alí 😉