Final da trilha já com o mar ao fundo

Final da trilha já com o mar ao fundo

Depois de muito ouvir falar sobre a praia da Lagoinha do Leste decidimos aproveitar este final do verão para realizar a trilha e conhecer essa praia que permanece intocada e protegida por dois paredões de rocha. O nome ‘Lagoinha’ deve-se à existência da lagoa localizada entre as dunas da praia e o morro de vegetação nativa. E o ‘Leste’ é por causa da região onde se encontra, ao leste da ilha.

Muitas subidas durante a trilha

Muitas subidas durante a trilha

O que tem de especial nessa praia dentre outras tantas que existem em Florianópolis? Bom se não estou engando existem apenas 2 praias que continuam completamente isoladas, sem acesso de carro, sem moradores e sem comércios .  Contudo, na Lagoinha existe pelo menos um ponto onde é possível alugar guarda sol, comprar bebidas e lanche durante o grande movimento do verão.

Devido à sua posição, pois está entre dois paredões de rocha que separam a praia da Lagoinha do Leste das praias da Armação e do Pântano Sul, o acesso à praia só é possível pelas trilhas ou por barco. Em 1992 toda a região foi transformada em um Parque de preservação permanente, pois é um dos últimos redutos de Mata Atlântica.
No parque é possível acampar e existem 2 pontos de água encanada na praia. A praia é bem espaçosa apesar de sua extensão não ser muito grande. Isso acontece pois a praia não é muito movimentada logo, sobra mais espaço na areia.

Existe mais uma grande atração depois que chega na praia, em um dos costões está o Morro da Coroa. São aproximadamente 300m até as pontiagudas pedras lá no alto, que parecem brotar do chão formando a imagem de uma coroa, falaremos mais sobre essa subida em outro post, pois não subimos.

Quando a vegetação da uma brecha é possível ver a praia ainda longe.

Quando a vegetação da uma brecha é possível ver a praia ainda longe.

Agora vamos falar da trilha! Fizemos o caminho mais curto e mais puxado também, levamos aproximadamente 1:30 para fazer todo o percurso, paramos várias vezes e sentimos bastante a subida também.

Fonte de água cristalina que passa pela trilha

Fonte de água cristalina que passa pela trilha

O caminho não tem erro, antes de chegar na praia deixamos o carro no estacionamento em frente do D’Ruts -super tranquilo- o pessoal explica onde começa a trilha, falam com está o tempo e outras informações só pra confirmar mesmo, pois a trilha em si é bem visível e sem muitos caminhos ou encruzilhadas.

Saindo estacionamento em direção contrária à praia do Pântano Sul andamos por uns 200m. Na segunda rua, R. Manoel Pedro Oliveira subimos uma ladeira e a entrada da trilha está à esquerda, em frente a um hostel. Bom, dai em diante começa a aventura mesmo. São pouco mais de 2Km o total da trilha até a praia, com muitas subidas e descidas. O começo da trilha é bastante úmido pois é de mata fechada e os últimos metros a vegetação fica mais rasteira e já é possível enxergar a praia e a lagoa em formato de “S”.

Morro da Coroa, visto da praia e com muito zoom

Morro da Coroa, visto da praia e com muito zoom

No meio da trilha, quando chega ao topo do morro há um mirante de onde é possível apreciar toda a praia do Pântano Sul e também serve para dar uma descansada básica. Vale muito a pena!! Nesse caminho ainda existem 2 riachos que cortam a trilha e onde é possível se refrescar e tomar fôlego. É um esforço que vale a pena!

Nossas dicas:
Leve bastante água; a umidade é muito grande e o calor faz com que o corpo perca muito líquido;
Leve um lanche; por mais que possa ter alguém vendendo, isso não é 100% certeza;
Faça a trilha de preferência no começo da manhã; fizemos próximo ao meio dia e mesmo com nuvens o calor é grande, com ele o desgaste;
Faça a trilha com roupas leves, isso ajuda a manter o corpo ventilado;
Utilize um calçado para trilha ou tênis que tenha um pouco de aderência – alguns trechos são escorregadios;
Leve e passe bastante repelente e protetor solar;
Não esqueça da roupa de banho;

Boa trilha!!

Onde a lagoa quase encontra o mar

Onde a lagoa quase encontra o mar