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Passeio do Vale Sagrado em Cusco

Bom pessoal, hoje vamos dar algumas dicas sobre o que fazer durante sua estadia em Cusco, mais precisamente sobre o Circuito Turistico de Valle Sagrado.

Panorâmica do vilarejo de Ollantaytambo

Boleto turístico circuito III Vale Sagrado

Nós optamos por fechar o passeio com a mesma agência que havíamos feito a trilha Inka, Qorianka-Tours. Há a possibilidade de fazer o passeio por conta, alugar um carro e dirigir pelos sítios, mas em ambas opções é preciso comprar o boleto turístico que permite a entrada nos sítios e este boleto é comprado na entrada do Vale Sagrado.

Mapa dos sítios do vale sagrado

Normalmente, esses passeios fechados com agências são feitos com um micro ônibus e  um guia local que dá todas as informações em Espanhol e Inglês. O passeio dura o dia inteiro com uma pausa para o almoço em um restaurante no caminho, podendo levar seu lanche caso a grana esteja curta. O tour que fizemos passou por vários sítios arqueológicos com pausas para a explicação do guia e tempo para fotos em três deles: Pisaq, Ollantaytambo e Chinchero. O boleto inclui ainda o sítio de Moray, mas como não há tempo abio para fazer os quatros no mesmo dia  é possível que você faça a visitação deste outro no outro dia, por conta ou com uma agência também e não é preciso comprar outro boleto, pois o mesmo vale por 2 dias consecutivos. Ou seja, para quem estiver com tempo e com veículo pode dividir os passeios entre os dois dias de validades do boleto tranquilamente.

Nosso selfie em Pisaq

Na pagina da COSITUC (Comite de Servicios Integrados Turistico Culturales-Cusco) existem informações sobre todos os boletos turísticos vendidos em Cusco e todos podem ser identificado por um código. No nosso caso estamos falando do BTCPIII (Boleto Turístico del Cusco Parcial Valle Sagrado Para Turista Extranjero) – Circuito III. Os boletos podem até apresentar imagens diferentes, mas pelo código não tem como errar, nesta pagina também tem os valores de cada um dos boleto, acesse www.cosituc.gob.pe.

Pisaq e o vale montanhoso

Vamos falar um pouco sobre os 3 sítios que visitamos, começando pelo Pisaq, tem esse nome pela forma da organização das construções que lembram a forma de um perdiz, “pisaqa” em Quechua – língua nativa. Pisaq está localizada a 33km de distância de Cusco e é composto por um setor agrícola e um setor inca no topo das montanhas.

Portão de entrada do sítio Ollantaytambo

Outro sítio é o Ollantaytambo que está mais afastado de Cusco, cerca de 60km e a 2800m de altitude. Até hoje não se tem o conhecimento do significado do nome desse sítio, alguns dizem que é por causa de um soldado inca que chegou a ser nobre e se chamava Ollantay. A arquitetura de Ollantaytambo é um exemplo das fortalezas que os espanhóis descreviam durante a invasão. Segundo estudiosos,  Ollantaytambo foi construída estrategicamente para proteção do estado Inca e do Vale Sagrado. E para finalizar, na parte superior encontra-se as ruínas do Templo do Sol, que foi quase totalmente destruído pelos invasores espanhóis, os quais na tentativa de mostrar sua soberania, retiravam as pedras do templo para construir a igreja da vila. Uma triste lembrança para o povo da região.

Escadaria da subida ao templo do sol em Ollantaytambo

Por último visitamos o sítio Chinchero que está a 30 km de Cusco e a 3700m de altitude, conhecido como terra dos arco-iris pois estes estão sempre presentes nesta zona dos Andes. O Chinchero também é conhecido pelos trabalhos em fibra e pele de Alpaca, o tour passa por uma feirinha onde é possível ver como é feito o tingimento e a tecelagem das peças. A principio este lugar serviu como uma espécie de “refúgio” dos Incas. Após a posse dos espanhóis, o Chinchero foi o lugar demarcado para distanciar os nativos dos espanhóis. Os invasores não queriam que a houvesse a mistura entre os povos e graças a isso ainda hoje existem descendentes “puros” desse povo tão extraordinário e que sofreu tanto com a ganância do ser humano. É incrível durante esse finalzinho de passeio ouvir um pouquinho dessa história diretamente de uma verdadeira descendente Inca.

Por conta do nosso retorno para casa não pudemos visitar o Moray, que temos certeza que é incrível, quem sabe uma próxima vez. Mas se você está planejando ir à Cusco, não se prenda somente a Machu Picchu, visite esses outros sítios (aliás, existem muitos outros) conheça um pouco mais da história Inca porque você, assim como nós, ficará impressionado com a grandiosidade desse povo.

Feira de artesanato em Chinchero