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Caminho Inca – Um trekking à Machu Picchu

O inicio de tudo!

O inicio de tudo!

Acabamos de voltar de viagem e tem muita coisa para contar, mas temos que começar por algum lugar não é mesmo?! Que tal pela Trilha Inca rumo a uma das 7 Maravilhas do Mundo Moderno – Machu Picchu?

Este post é um geral sobre a trilha e depois iremos descrevendo como é cada um dos dias e suas dificuldades.

O que é a trilha?

Essa trilha é um dos caminhos que ligavam Machu Picchu às principais cidades do Império Inca, uma delas é Cusco. A trilha foi escondida durante o domínio espanhol pelos próprios Incas, para a proteção do santuário. Porém por muito tempo espanhóis e desbravadores procuraram a cidade perdida até que, oficialmente, Machu Picchu foi descoberta em 1911 por Hiram Bingham, muito embora digam que bem antes disso a cidade perdida já havia sido registrada por outros aventureiros (essa história contamos depois). Já a trilha foi descoberta 4 anos mais tarde, em 1915 e muitas expedições foram realizadas desde então.

Dia 1

Como é a trilha?

A trilha clássica tem uma extensão de mais ou menos 45 km, o trekking é feito em 4 dias e é alcançada a altitude máxima de 4.215 metros de altitude. Mas também existe a opção de uma trilha mais curta e com esforço menor de subida, só não podemos dizer como é pois não fizemos. Além disso, não é só chegar e começar a andar, o Caminho Inca Clássico só é possível ser feito acompanhados de um guia e só são permitidas 500 pessoas em um mesmo percurso diariamente. O que significa que deve ser feita a reserva meses antes, no nosso caso  fizemos a reservar em março para fazer a trilha em setembro.

Dia 2

Feita a reserva e chegado o grande dia, as agencias normalmente pegam você onde estiver hospedado e levam até o ponto de inicio da trilha. O Km 82. Um grupo formado por 8 ou mais pessoas normalmente tem dois guias acompanhando, um mais a frente e outro mais atras. Além dos guias, o grupo ainda conta com o super apoio dos porteadores, que são as pessoas que levam todo o acampamento, incluindo as barracas, comida, utensílios, tudo nas costas. Nosso grupo contou com 10 porteadores e um cheff de cozinha. Contabilizando, no total eramos 21.

Uma dúvida que muita gente tem, inclusive nós tínhamos também, é sobre as refeições. Relaxe, a comida é uma delícia, variada, temperada e em abundancia. Tem café da manhã, almoço, lanche e janta (e ainda tem o lanchinho da caminhada). No almoço e janta tem entrada, prato principal e sobremesa. Eles servem peixe, carne vermelha, frango e ainda tem opção vegetariana. Comida deve ser a menor das preocupações.

Alcançamos o ponto mais alto do caminho. – Dia 2

Quanto a trilha propriamente dita, tem muita subida e muita descida, claro! Os Incas não alteravam o formato da montanha por nada e o mais interessante é ver quase toda a trilha formada por um caminho de pedras. Minha primeira pergunta ao Victor (nosso guia) “Mas essas pedras quem colocou?” porque era difícil acreditar que naquela época eles teriam feito toda aquela estrutura para uma “estrada”.

Quase todo o grupo, só faltaram nossos guias!

É tanto degrau, é tanta rocha, que é difícil de acreditar. Aos poucos a ansiedade por chegar em Machu Picchu vai perdendo a força e dá lugar ao deslumbramento com o caminho que eles construíram. E quando o guia diz que esses 45km não são nada ao comparar com todos os outros caminhos que eles construíram não tem como não ficar boquiaberto. Claro, antes de ir já havíamos lido sobre, já sabíamos da grandiosidade dos Incas, mas nada se compara ao poder ver tudo aquilo de perto.

Mas enfim, poderia passar horas falando sobre o quanto ficamos deslumbrados com tudo o que essa civilização construiu, mas vamos seguir. Durante a trilha, como eu disse, nós tivemos 2 guias acompanhando. Porém, nosso maior contato foi com o Victor, que logo percebeu que estávamos ali principalmente pela história do lugar e começou a contar um pouco mais das histórias e lendas. O outro guia era mais de dar um gás no pessoal e contava só o necessário.  Ou seja, tem guia para todos os gostos!

As dificuldades?

Com toda certeza a maior de todas é a altitude. Nós já estávamos há alguns dias entre a Bolívia e o Peru antes de começar a trilha, talvez por isso nenhum de nós sentiu o tal mal de altitude. Também tomamos muito chá de coca, se ajuda ou não..não sei, mas tomamos bastante. Não sentimos enjoo ou dores de cabeça, mas sentimos bastante em relação ao folego. Claro, cada um de nós respondeu a isso de uma forma, mas em geral, o folego foi nosso maior problema.

Uma das decidas do 3º dia

Outra dificuldade é a quantidade de degraus. São muitos, subindo e descendo, então o esforço físico é grande, principalmente se você não tem um bom preparo físico (foi meu caso). Se tivesse que resumir cada dia com uma frase, seria assim:

Dia 1 – Aclimatação

Dia 2 – O grande desafio

Dia 3 – Easy  depois do que é o segundo dia

Dia 4 – Correr para Machu Picchu

Particularmente falando, não importa a dificuldade, poder vencer medos e limites é a maior recompensa.

Para fechar – informações uteis

Tudo é muito bem organizado, bem estruturado e seguro. O trabalho do pessoal que organiza o grupo começa meses antes, quando os acampamentos são reservados, porque não, você não pode dormir em qualquer lugar.

A agencia pela qual fechamos o pacote é muito boa e tem um atendimento excelente.  É a Qorianka Tours (www.qorianka-tours.com) em que a responsável é a Mariela (uma baixinha incrível).

As agencias alugam o equipamento de trekking, caso precise.

E para não nos prolongarmos mais, em breve vamos detalhar cada um dos dias do trekking. Aguardem!

Enfim – Machu Picchu